O tempo não cura. Ao
invés de ser o “remédio milagroso” de resultado exato, é um placebo. Sua
eficácia está diretamente ligada à fé do doente sobre seu resultado de cura. Nele, há um processo de sequência pós-perda:
protesto (ira, não aceitação, reação impulsiva externa e interna), desespero (um
período de dor, anelada à cegueira circunstancial), desapego (tornar-se
desapegado, impressão de já não se importar com a ausência da figura à qual
estava ligado)- O filme UP retrata bem um exemplo de perda e esse processo pós, nitidamente. Impressão essa que,
mesmo já distante da dor, sempre será acompanhada da falta e da saudade. Sendo
assim, a afirmação de que “o tempo cura” é uma falsa sensação que a mudança de
costumes trará ao longo do tempo ao passivo de perda. Por quê? As lembranças nunca serão exterminadas, elas
tratarão de fazer seu papel “troll” trazendo à tona um histórico significativo, pois tudo o que foi vivido com algum sentimento extremo será marcado na memória. A única coisa que vai mudar é a forma
de viver com o que não se tem mais, a sua ressignificação como anestesia.
Afogamento
Uma vida.
Infindas pessoas.
Vidas em uma vida.
Vivências vividas.
Vidas.
Comuns incomuns.
Senso.
Sensor.
Sensorial.
Sentido.
Sentindo...
Vivendo.
Processando a vivência da vida sensorialmente percebida.
Vida da outra vida na sua vida.
"Auto Vida".
Interna Solidão.
Sufoco "self alheio" (um caso em si, do/sobre o outro).
Ebulição.
Poder (?)
Angústia.
Fusão.
Sendo.
A dor...
Ao vão.
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