A Ira de um Anjo

 Talvez você já esteja acostumado a ver casos de abuso infantil, pela TV ou ouvir da boca do povo, ou ainda, vivenciado ou tido alguém próximo que passou por isso. Mas, ouvir relato do caso pelo abusado com tamanha sinceridade é raro. Os abusados tendem a se fechar ao trauma, principalmente por serem pressionados à omissão (seja pelo abusador ou pela sua consciência traumática). Essa triste realidade contribui para distúrbio comportamental e psicológico, interferindo em sua relação com o meio e suas relações interpessoais. Realidade essa que pode estar mais próxima do que imaginamos.

 A Ira de um Anjo (Child of Rage) é uma compilação das fitas de terapia do Dr. Ken Magid, um psicólogo clínico especializado em tratar de crianças que foram severamente abusadas, que não se ligam afetivamente à outras pessoas, que não podem amar ou aceitar o amor, que não têm consciência dos seus limites, podendo ferir ou matar sem remorso algum. 
Quando descobri esse documentário, confesso que ele me chocou profundamente, pois não tinha tamanha noção dos efeitos devastadores de abuso em uma criança, coisas que a TV não mostra, e que os poucos programas de política pública, por não possuir investimento o suficiente, não tem domínio absoluto para agir na população, tratar e conscientizar da fatídica realidade. Sim, as vítimas podem ser ajudadas, e os que estão à sua volta trazem um papel fundamental. 

 Essa é a estória de uma menina de 6 anos e meio, chamada Beth:





Um comentário:

  1. "Ela não foi diagnosticada como psicopata, pois naquela época esse diagnóstico não podia ser dado a crianças. O documentário termina com uma aparente recuperação de Beth, mas não se enganem. Não estaria a pequena Beth manipulando seus terapeutas? Não teriam os próprios terapeutas mascarado o comportamento de Beth? Ela diz: "Por que quando machuco eles estou machucando a mim", como se fosse algo jogado para ela dizer. O choro, sem lágrimas no final do vídeo, mostra a vontade de por fim a entrevista. Seu irmão continuou com os pais adotivos, mas ela foi adotada pela psiquiatra, já que seu tratamento deveria seguir por toda a vida. Especialistas traduzem sua linguagem corporal durante o tratamento e esclarecem que suas declarações são ensaiadas, com o objetivo de manipulação. Ela aprendeu a simular sentimentos. Atualmente, Beth Thomas trabalha em uma Unidade Neonatal (cuidando de recém nascidos). O fato é que psicopatas escolhem profissões que estão ligadas a seus "objetos" de desejo. A maioria dos psicopatas não matam, ao contrário, eles usam a manipulação e o carisma para se darem bem na vida. Eles aprendem a imitar emoções, apesar de sua incapacidade de realmente senti-los, o que faz com que aos olhos de outras pessoas, pareçam inocentes, normais ou curados. Alguns são tão bons em manipular que formam famílias e relacionamentos de longo prazo com outras pessoas sem que as mesmas suspeitem de nada. Um fato interessante em relação a essa história é que em abril de 2000, Connel Watkins, a terapeuta de Beth e atualmente sua mãe, conduziu uma sessão de terapia fatal em uma menina de 10 anos chamada Candance Newmaker. A terapia conhecida como Renascimento, culminou na asfixia de Candance. Connel foi condenada a 16 anos de prisão, cumpriu 7 anos e foi libertada em 2008. Ela foi proibida de trabalhar com crianças."

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