Mar de sensações, maré de
ânimos. É o que sou levada a sentir... De todos os tipos e nuances. Faça um
teste, ouça cada música de olhos fechados depois de ler o título da música. De
forma minimalista, o piano, os instrumentos de corda, o silêncio, as mixagens,
unidas, se entrelaçam e se confundem em si numa crescente, trazendo uma
sensação profunda de saudade, efemeridade, e mergulhando sua imaginação nesse
mar denso de som. As guitarras dão um ar etéreo e distante, as águas correm, o
vento leva, a batida te impulsiona como o batuque do coração, o orquestral
explode o peito.
Sendo fã de post rock e música experimental, ouvir sua composição remeteu
à sonoridade de Sigur Ros e Amiina Kuhr... Vibrei (inclusive por esse talento
ser brasileiro)! Quando estava ouvindo algumas músicas no SoundCloud (mediante
meus finais de semana numa “terra estranha”, de busca por novidades musicais e
downloads de filmes exóticos) num comentário ingênuo e extasiado expus, sem
esperar confirmação, crítica ou resposta. Não é que estava certa? Achou um
baita elogio e confessou que Sigur e Amiina são umas referências muito fortes
pra ele.
Eis o Ânimo (download do álbum completo no final do post), trabalho do estudante de cinema de Niterói, Pedro Drumond. Feito
em seu quarto. Talvez o ambiente tenha influenciado nesse tom intimista, reflexivo e
transparecido um particular interno nas confissões. Uma das músicas do álbum se chama Animus Anima
(no latim - mente/espírito e alma; para a psicologia Analítica de Jung - o
arquétipo masculino na mulher e o feminino no homem) e só pelo título já se confirma
o tamanho da sensibilidade desse compositor.
Não adianta me olhar assim
Sem dizer o que quer de mim
Não consigo entender
Gostaria de poder ver
O que dói tanto dentro de você
Então eu faria certo dessa vez

"Eu não sei na verdade quem eu sou... Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior..." (O Teatro Mágico).
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