Posso me apresentar como Sofia Zeyg. É melhor assim.
Sábado, 31 de Julho de 2010
Sim...mais uma vez voltei minha mente ao pensamento que tanto fugia: Será que Deus se disponibiliza a curar doenças mentais degenerativas?
Minha avó com Alzheimer foi o estopim para esse infame pensamento, que me persegue até hoje. Ela não fala com propriedade nem de forma autônoma, repete constatãntemente o que o outro diz; seu vocabulário sempre é o mesmo; não demonstra sentimentos, seu semblante é frio e seu olhar, vazio; a cada dia que passa se torna mais agressiva e não há um porquê e nem ela sabe comunicar o quê; perdeu por completo a motricidade; esqueceu os nomes dos objetos, das pessoas, dos familiares, não reconhece os semblantes. Fico um pouco inconformada e tremendamente triste ao ver pessoas deixarem de ter o que há de mais valioso para um homem que é o entendimento e o poder de se comunicar com o mundo por essa tradução do cognitivo, que acaba se convertendo em linguagem (verbal e não verbal).
Sinceramente nunca ouvi um relato de uma pessoa afetada na sua faculdade cognitiva que tenha sido curada...Nunca ouvi, e nem vi.
Será que há uma regra de Deus para não curar tais pessoas? Ou talvez não seja necessário curá-las, sei lá...Porque (parando para analisar), a maioria das pessoas que ficam dementes ou “loucas” tem um senso religioso: falam o nome de Deus sozinhas, rezam e oram (mesmo que inconscientes). Ainda que todas elas sejam esquizofrênicas, por quê (em sua maioria) direcionam-se ao reino espiritual, às entidades do céu e inferno? Me parece um grande mistério.
Muitos viram pra mim e falam: “Não se deve questionar Deus, nem querer saber de coisas misteriosas.” Pura hipocrisia! Um bando de hipócritas e fracos que dizem que não pensam, não questionam, mas na verdade fogem de seus próprios pensamentos que podem acabar com sua fé. Aliás, que fé que eles têm? Se na verdade tivessem fé, questionariam, não teriam medo de “desventuras em série”, mas se aprofundariam em busca dos próprios mistérios de Deus, aos quais Ele mesmo é quem determina mostrar ou não. Não acredito que a fé seja tão burra assim, a tal ponto de fugir de perguntas (se ela já tem sua Verdade maior, pra quê fugir de questões do meio?). Não é duvidar da Verdade, mas trazer questões da relação dessa Verdade com o meio. Mas pelo contrário, a fé é tão certa e certeira que obtém suas convicções a partir do aprofundamento no mistério do vácuo existencial. A fé desventura o que não existe, o mistério das coisas que não se vêem, obtendo a certeza do presente e do por vir. Se as pessoas não fugissem de suas questões mais profundas e buscassem a resposta em Deus e na Sua Palavra, talvez muitas não se deixassem ser levada pela Tsunami das dores e injustiças da vida, mas estariam consolidadas na Rocha (em um conceito Rochoso) e nunca seriam levadas por ventos de doutrinas, “achismos” e incredulidade.
Crer é pensar.
Pra quê tentar negar a realidade? Penso que seja necessário trazer Cristo para o mundo real, e não mantê-lo em um céu intocável e tentar viver em si mesmo uma vida ilusória como se fosse um pequeno deus, distante de tudo e de todos. Essa farsa não pode durar por muito tempo e o baque da queda dessa transcendência pode ser mortal.
As questões não me fazem duvidar do que creio, mas me firmam nEle e mantém viva em mim a certeza de que Ele está no controle de todas as coisas e que ao ser humano não está destinado o poder e a equidade.
Diante de tudo isso, o que me mantém viva, é a transcendência a um Lugar mais alto do que eu... "Em cima da Pedra mais alta". E é lá que vejo além e busco esse além... Pensando diferente da sociedade doente e respirando outros ares. Ares que me oxigenam e que por mais que rasguem meu pulmão (por ser ar novo e intenso) pelo menos purifica meu ser.
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ResponderExcluiri,ai Taís...
ResponderExcluirHistoricamente o ser humano precisou (e precisa) de um "lugar mais alto", "de um além", de uma esperança, de um deus... blá... de algo maior que nós, para vivermos conscientemente bem... é isso que nos move. Não conseguimos nos conformar que a vida é tão injusta como parece(nasce, reproduze-se e MORRRE).Que a vida ou o viver(duas coisas abstratas qua não entendo) não é tão simples, não pode ser tão simples: um monte seres pensantes, morando em terra, no meio do vácuo, criando regras e sempre olhando para os acontecimento histórico, como se esses definesse o seu viver... E definem!
Quando não nos propusermmos em olhar para o passado e ver todas as suas "historinhas"(desculpe-me o ar ateu de ser), e não conseguimos nem questioná-las a ponto de abandoná-las, estamos, como diz Jostein Garder "como no fundo da pelagem do coelho..."
Não nos conformamos, minha cara Taís, a assumir pra nós mesmos, que a VIDA É PURA SORTE; e que não há força maior que essa própria sorte que movimenta o mundo.
(entenda como quiser... rsrsrss0
*Mente censurada, mente atrofiada, mente temerosa= Mente humana.
ResponderExcluirMente ordinária que tem medo do que é grande, do que existe e não exite;que tem medo do bicho papão(não ria!pois os bebes acreditam), que teme monstros marinhos(não ria, porque a esquadra de Pedro alvares cabral acreditou) que tem medo da ilusão formada e reformada diariamente...Mente que tem medo do NADA ou da SORTE ou do deus contido em seu interior fantasmagórico... Não chore Taís...rs